Em tempos foi sinal de evolução, de realização de autarcas, de força do regionalismo e de todos que unindo-se num desígnio conseguiram trazer a electricidade até aos Cepos.
Alguns de nós nem imaginam como seria antes de ela chegar, a luz eléctrica..., a iluminação pública, a rádio e depois a televisão.


Vinda das Seladas das Eiras, do lado Arganil e do progresso chegaram as linhas de média tensão. Foi necessário construir a “Cabine” para alojar o transformador e o quadro. Surgia mais uma nova referência á entrada de Cepos, antes dos limites da aldeia se expandirem mais além, e imediatamente antes da sua sala de visitas, o Largo e a Igreja.
Vindos de longe, quando se chegava à “Trapa” olhava-se para os lados da Serra da Lousã, a meia encosta, onde a estrada encontrava as primeiras casas, lá estava ela, a “Cabine”, estávamos de novo em casa.
Mudam-se os tempos, mudam-se os costumes e a evolução não pára.
Há já alguns anos montaram um novo transformador, mais moderno, automatizado, logo ali ao lado. O Presidente da Junta de Freguesia, ou alguém por ele, deixou de ter que ir ligar o quadro cada vez que alguma trovada mais forte desarranjava a gerigonça.
A roupa deixou de se lavar nos lavadouros, outros usos... O cultivo dos pequenos socalcos em volta foi rareando, e com ele o aproveitamento da água.
A cabine cumpriu a sua missão.
Há que dignificar e qualificar o espaço, dar-lhe outro uso e realçar a sua localização privilegiada.
Dará lugar a um miradouro sobre a encosta de Carvalhal Redondo até ao vale do nosso Rio Ceira. Um horizonte a perder de vista, desde a Serra da Teixeira, a norte, os Penedos de Fajão a este, mais ao longe os do Cabril e a sul a Serra da Lousã.
Aproveitando a estrutura serão construídos sanitários públicos com acesso em rampa e equipamentos para pessoas com incapacidades.
A obra será realizada através de protocolo com a Câmara Municipal de Arganil, sendo ideia inicial e a responsabilidade da sua execução, da Junta de Freguesia de Cepos.